ESTAMOS CHEGANDO PERTO…

16 setembro, 2022

Essa série de artigos que começamos hoje, até as eleições, visa colocar o foco de nosso olhar no que realmente estamos vivendo. Não importa quem são os dois maiores representantes deste embate. Não é sobre os dois, nem sobre as qualidades ou defeitos deles que nos propomos a olhar, mas sim em que lugar esses dois grupos querem nos colocar. Esquece Bolsonaro. Esquece Lula. Vamos olhar por traz desta fumaça levantada.

Estamos há três semanas das eleições presidenciais. São muito poucos os que acreditam que não haverá segundo turno. Há defensores ferrenhos dos dois lados. Muitos acreditam que estamos em uma guerra espiritual entre o bem e o mal e há rebatedores de bola que, como em um jogo de vôlei, jogam o “demônio” de um lado para o outro.

Um destes lados (que chamaremos primeiro grupo) quer o passado recente de volta e defendem a identidade de gênero, as restrições à fé cristã, o aborto, o desmantelamento da família tradicional e das liberdades individuais, defendem a censura à imprensa de quem não aceita os seus valores e uma gestão pública sem limites, mas onde o Estado controla tudo.

O outro lado (que chamaremos o segundo grupo) quer quase o oposto e por isso a polarização. Este lado quer de volta os princípios morais e os valores cristãos que as ideologias vigentes nos tiraram. Quer de volta a sua liberdade de expressão de opinião e de fé. Quer de volta uma família unida onde haja respeito e amor entre seus membros, mesmo que pensem de formas opostas. Defende a vida e não o aborto, defende a solidariedade com os que sofrem, com os necessitados e defende ajudá-los a saírem deste lugar e não em perpetuarem lá, como pessoas incapazes, quando não o forem. Defende uma gestão pública responsável e competente comandadas por profissionais técnicos e não por políticos. Esse grupo prega os valores cristãos. Quais são? Os que Jesus nos ensinou: Tolerância, Respeito, Amor, Paciência, Solidariedade, Mansidão, Obediência, Humildade, Generosidade e Alegria.

O primeiro grupo prega os valores da sociedade atual construída com as seguidas “revoluções culturais” que pouco a pouco foram sendo promovidas e assim como acontece em um entardecer, de repente constatamos que ficou escuro. Custamos a ver onde estávamos sendo levados e quando vimos nossos valores e princípios cristãos estavam sendo desmantelados. Este primeiro grupo defende os valores da sociedade atual: Dinheiro, Liberdade, Sucesso, Prazer, Imediatismo, Vaidade, Individualismo e Consumismo.

As pessoas “de boa vontade” dos dois grupos desejam “Dinheiro, Liberdade, Sucesso e Prazer”, mas não a qualquer custo. São éticos. Os que não são pessoas de boa vontade acreditam que o único vínculo valorizado é o que gera dinheiro ou poder. Destes nós cristãos devemos querer distância, estejam em que lado estiverem.

Os valores de Imediatismo, Vaidade, Individualismo e Consumismo são os que estão destruindo a nossa sociedade. Com o Individualismo o “eu” está em primeiro lugar e aí caem por terra muitos dos valores cristãos pois Tolerância, Respeito, Paciência, Solidariedade, Mansidão, Obediência, Humildade, Generosidade, só existirão enquanto forem para fazer aquele individuo feliz ou lhe trazer algum benefício. Quer ter um exemplo? Pense um pouco porque será que nos últimos meses quase não ouvimos falar do “politicamente correto”? A resposta é simples: aos que querem apenas o poder os valores servem apenas aos seus propósitos e depois, quando não mais servem, estes são jogados fora.

O individualismo, entre outros valores, serve par atender os desejos do Ego e não aos da solidariedade. O individualismo atende igualmente ao desejo de nos libertar dos deveres familiares e assim se refere ao não assumir responsabilidades duradouras. Ter filhos é um vínculo que gera responsabilidade duradoura, então muitos hoje estão se esquivando deste vínculo. Mas, de um vínculo durador ninguém escapa: o vínculo parental, o de ter um pai e uma mãe. O vínculo parental pesa para os individualistas que pouco se importam com sua família. Libertar dos deveres familiares em relação aos pais tem levado ao aumento do número de asilos medonhos e de pais internados que muito raramente recebem visita dos filhos. O desmantelamento das famílias está na base desta ausência de rede de suporte aos idosos.

Nosso foco aqui ultrapassa a análise de um só aspecto ou de apenas um valor deturpado. Nosso foco aqui hoje é também mostrar que o tempo que temos à frente, antes das eleições, é curto e vai ser tenso. Precisamos entender que se de um lado pouco podemos fazer para levar a verdade e a luz para os que estão no primeiro grupo, muito podemos fazer para não esgarçar mais os vínculos familiares destas famílias divididas politicamente.

Se parte de nossa família está em outro grupo o que devemos é colocar em uso os nossos valores cristãos de: tolerância, respeito, paciência e mansidão. Por mais que nos angustie, vendo o que o outro não consegue ver nosso ponto de vista, devemos agora fugir da discussão sobre política em casa com todas as nossas forças. A bola de voley do mal que nos referimos acima, vai quicar muito, pois essa é igualmente uma batalha espiritual. É preciso estarmos atentos neste final do “jogo” eleitoral porque essa “bola”, no plano íntimo só vai nos afastar de quem amamos. Não caia na tentação de provar que você está com razão. Isola essa “bola” e entrega o futuro do nosso Brasil nas mãos de Deus!

O que não podemos deixar de lado é rezar e lutar pela união de todos e, depois , focar em criar ou recriar em seu lar caminhos afetivos mais iluminados para que possamos todos recuperar o “Caminho” de Deus que muitos perdemos em algum ponto passado.

Vania Reis

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