Formação Pastoral Carcerária

8 outubro, 2021

Daqui a pouco menos de um mês, dia 06 de novembro de 2021, a Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Vitória vai promover um encontro de formação para novos agentes, no Centro de Formação Dom João Batista da Mota e Alburqueque (Ponta Formosa), Vitória, de 9h às 17h. O momento será de conhecimento sobre o trabalho desenvolvido pela pastoral, a realidade do encarceramento e as perspectivas para o futuro. As inscrições estão abertas e vão até dia 01 de novembro.

O curso – que também é um pré-requisito necessário para atuar na Pastoral Carcerária – será gratuito para o participante. Estão disponíveis 50 vagas (de modo que as normas sanitárias sejam rigorosamente cumpridas), mas se houver um número maior de inscritos, os primeiros 50 participarão e os demais ficarão pré-inscritos para uma próxima formação, cuja data ainda será decidida.

Segundo padre Vitor Cesar Zille Noronha, Diretor Espiritual da Pastoral Carcerária, atualmente são 20 Unidades Prisionais que estão dentro do território Arquidiocesano. Dessas, apenas 12 estão sendo assistidas pela Pastoral Carcerária, devido à falta de agentes. Antes da pandemia a pastoral tinha 49 agentes cadastrados e o ideal para atender a todas as frentes de trabalho seriam no mínimo 100 agentes.

“Hoje são 20 unidades 30prisionais dentro da Arquidiocese de Vitória. Algumas absolutamente separadas e algumas reunidas em complexos penitenciários, como por exemplo, em Viana. Dessas 20, nós temos presença da Pastoral Carcerária em apenas 12 unidades, isto é, 8 unidades não têm sequer presença católica por falta de agentes. Inclusive a situação pode ficar pior, pois ficamos um logo período paralisados na pandemia e agora estamos restabelecendo o trabalho após a vacinação dos agentes e dos presos. Desde o início da pandemia, nós perdemos agentes e alguns se afastaram”.

Pré-requisitos

Além de sentir o chamado, o cristão que deseja ir ao encontro dos irmãos encarcerados, deve cumprir alguns critérios. São eles: ser maior de 18 anos; não ter familiar preso na unidade visitada; ser católico de Fé madura e desejar servir e amar Nosso Senhor Jesus Cristo na pessoa do irmão encarcerado, sem julgamentos. “Então eu acredito que se as pessoas tiverem o desejo de servir a Jesus cumprindo essas condições mínimas, sentirão uma grande alegria de poder participar desse serviço tão importante”, ressalta padre Vitor.

Objetivos

Segundo Padre Vitor em primeiro lugar esse encontro tem como fundo aquilo que é mais fundamental: a espiritualidade própria da Pastoral Carcerária: “É verdade que nós vamos levar Jesus ao espaço do cárcere, sem sombra de dúvidas isso é verdade, mas isso não é o mais importante. O mais importante é percebermos que nós vamos encontrar Jesus no espaço do cárcere e esse encontro com Jesus é que faz brotar a verdadeira alegria, que me faz suportar os desafios, as intempéries, inclusive do cárcere, porque o trabalho da Pastoral Carcerária evidentemente não é um trabalho fácil, tranquilo, sem dificuldades, pelo contrário. É um trabalho exigente e sem essa motivação espiritual muito clara é impossível não só atender esse chamado, mas de modo mais importante, perseverar nesse chamado todos os dias respondendo com a própria vida”.

O que será abordado?

Serão feitas explicações sobre a realidade carcerária no Espírito Santo e no Brasil. Os participantes vão estudar a questão do aumento da população carcerária, as práticas institucionais, o perfil da população carcerária. Será feita uma análise sobre o cárcere, para que todos tenham clareza sobre isso.

“Também tem aqueles objetivos que a gente também se coloca para colaborar, principalmente do ponto de vista da remição de pena, isto é, como a Pastoral Carcerária pode contribuir no sentido do desencarceramento. Aquilo que a legislação já prevê que é quando o preso trabalha, estuda, lê livros. A partir disso ele pode diminuir sua pena e ajudar nesse processo de reinserção. Então isso é muito importante”, evidencia padre Vitor.

Os inscritos receberão também orientações muito práticas do ponto de vista da ação da Pastoral Carcerária, que é como abordar, como visitar e as precauções que devem ser tomadas, como não ser possível um agente que visita o preso ser o mesmo agente que tem contato com os familiares, por exemplo. “Será feito um treinamento de como se portar no espaço do cárcere e de fato não se deixar manipular, mas ser somente essa presença misericordiosa de Jesus”, conclui o Diretor Espiritual.

 

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