Francisco de Assis: amigo dos pobres e da ecologia

4 outubro, 2020

Em outubro, a Igreja Católica celebra São Francisco de Assis. Popularmente conhecido como protetor dos animais, o santo é lembrado neste domingo, 4 de outubro. Na Arquidiocese de Vitória, cinco paróquias e trinta e nove comunidades possuem São Francisco de Assis como padroeiro.

Diante da pandemia, as paróquias e comunidades se adaptaram e tornaram suas festividades virtuais, com transmissões de novenas, missas e lives musicais. 

Padre Edmilson Boechat de Castro, pároco na paróquia São Francisco de Assis, em Porto de Santana, Cariacica destaca que neste contexto que estamos vivendo, celebrar a festa de São Francisco é a certeza de um Deus que está sempre presente conosco. ”São Francisco é a prova disso, que Deus não esquece do seu povo e está sempre à disposição do seu povo, ou seja, sempre está socorrendo, diante das situações difíceis que vivemos. São Francisco é um exemplo para nós”.

O pároco ainda ressalta que quando olhamos para a figura de São Francisco, enxergamos aquele que se doou por inteiro, para que o projeto de Deus se concretizasse. “Nós podemos enxergar que esse tempo de pandemia é possível ser superado com ajuda mútua. Francisco nos ensinou: o que eu posso fazer? A minha parte se doando pelo outro, cuidando do outro, se colocando à disposição do outro que precisa. E, neste tempo de pandemia, eu não penso só em mim. Francisco pensou primeiramente no outro. Enquanto o outro estava sofrendo, ele estava estendendo a mão para ajudar”, destaca.

O pároco José Pedro Luchi, da paróquia São Francisco de Assis em Laranjeiras, Serra, afirma que São Francisco foi solidário para com os doentes contagiosos. Os leprosos eram desprezados, excluídos da sociedade, neste contexto ele foi solidário. A conversão de São Francisco ocorreu a partir do momento que enxergou o mundo de outra maneira.

“Quando ele enxergou, que os leprosos eram também os filhos de Deus e não eram nojentos e excluídos. Então essa mudança de atitude é também o que nós experimentamos na pandemia. De certa forma, quando nós nos sentimos solidários uns com os outros, quando nós não podemos pensar só na nossa saúde, sem pensar também nos outros e a dos outros na nossa”.

As comemorações do dia 4 de outubro fazem parte da vida de Rosália Almeida, 68, que mora em Itapuã, Vila Velha, há mais de três décadas. Ela vai à missa na Paróquia São Francisco de Assis e celebra o padroeiro com muita devoção. “Sempre confiei bastante em São Francisco, porque ele tem muito amor à Eucaristia. ”

Como ela não tem nenhum bichinho de estimação, não participou da tradicional bênção dos animais que ocorreu neste sábado na praça da Matriz. “Gosto muito deles, mas moro em apartamento e acho que os bichos nasceram para ser livres. Porém admiro quem cuida com tanto amor e carinho, e São Francisco nos ensina a amar essas criaturas de Deus”.

História de São Francisco de Assis

Nascido no coração da Itália, nos últimos vinte anos do século XII (fim de 1181 ou início de 1182), filho do rico proprietário e comerciante de tecidos Pedro de Bernardone e de Joana, chamada Pica, seu nome batismal – João – foi logo mudado para Francisco (“francês”, nome já em uso, mas não muito difundido na Itália) pelo pai, ao voltar dos seus negócios na França. A mãe, muito piedosa, cuidou de sua primeira formação religiosa.

O Santo aprendeu a ler e escrever na escola paroquial de São Jorge, em Assis, e completou sua modesta cultura com elementos de cálculo, de poesia e música, adquirindo também uma escassa noção da língua francesa (provençal) bem como de contos e lendas de cavalaria. De gênio perspicaz e muito boa memória, Francisco adquirirá, mais tarde, uma discreta cultura religiosa, lendo e meditando.

Francisco aplica-se assiduamente ao serviço dos leprosos, multiplicando as esmolas aos pobres, aos sacerdotes e às igrejas pobres. Pouco depois, em oração na igrejinha de São Damião, a voz do Crucificado, convida-o a “reparar a sua Igreja, que está em ruínas”. Revestido de uma pobre túnica, assinalada por uma cruz, e proclamando-se o “arauto do grande rei”, ele passa um biênio de vida penitente e eremítica, entregue à oração e a serviços humildes, por breve tempo também, num mosteiro beneditino.

Por que São Francisco é o protetor dos animais?

Por ser um jovem de alma sensível, cheio de amor aos pobres e a Deus, soube ver o rosto de Deus espelhado na natureza, não apenas nos animais, mas em tudo que Deus criou. Essa é uma lição que precisamos aprender com São Francisco: encantar-se com tudo que Deus criou, com toda a beleza, harmonia e perfeição. Dar glória e louvor a Deus pela criação. Rezamos na Missa: “O Céu e a Terra proclamam a Vossa glória”.

Há muitas histórias de São Francisco com os animais. Uma das histórias sobre o Santo diz que bandos de andorinhas o seguiam continuamente formando uma cruz e que, em uma ocasião, na qual ele ia pregar em Alvino, disse: “Irmãs andorinhas, agora eu tenho que falar comigo.”

Em outra ocasião, ele amansou um lobo selvagem dizendo: “Venha aqui, irmão Lobo, mando-te da parte de Cristo, que não faças nenhum mal a mim nem a ninguém”. E quando estava no monte rezando, um pássaro lhe avisou que era a hora da oração da meia-noite.

 

Oração a São Francisco de Assis

 

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor;

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;

Onde houver discórdia, que eu leve a união;

Onde houver dúvida, que eu leve a fé;

Onde houver erro, que eu leve a verdade;

Onde houver desespero, que eu leve a esperança;

Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;

Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, Fazei que eu procure mais

Consolar, que ser consolado;

compreender, que ser compreendido;

amar, que ser amado.

Pois é dando que se recebe,

é perdoando que se é perdoado,

e é morrendo que se vive para a vida eterna.

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