Missão: “Não é fácil largar tudo e seguir Jesus”

9 fevereiro, 2022

Maura da Conceição, que faz parte da Paróquia São Pedro, em Jacaraípe, será a primeira leiga da Arquidiocese de Vitória a seguir em missão para a Diocese de Santíssima Conceição do Araguaia, no Pará. Um fato muito representativo já que a Igreja está vivendo o Ano Jubilar Missionário que tem como lema: “Sereis minhas testemunhas” (At 1,8). Sempre muito ativa no trabalho comunitário Maura estava atualmente coordenando o seguimento litúrgico de sua paróquia, além da liturgia paroquial e promovendo formações a todas as equipes.

Ela conta que tudo começou com seu trabalho desenvolvido com coroinhas: “Quando padre Renato Paganini era da minha paróquia a gente trabalhou muito. Realizei muitas formações de cerimoniários e coroinhas, um trabalho que ficou reconhecido em toda Arquidiocese. Tanto que o material que eu preparei foi enviado para muitas paróquias. Ele foi enviado ao Pará e no mês de novembro do ano passado ele mandou uma mensagem dizendo que estava conversando com Dom Dominique que precisavam de uma pessoa para ajudar nas missões”.

O convite veio de surpresa. Ela detalha que estava com muitas atribuições dadas pelo seu pároco padre Antônio, a quem ele considera seu pastor e guia espiritual: “Eu levei um susto porque eu não consigo dizer não para Deus e todo mundo sabe. Minha vida é toda de Deus, não sou casada e não tenho filhos. Hoje eu não sou leiga consagrada, mas há 15 anos vivo o celibato. Então eu abri para um grupo de pessoas aqui da minha paróquia e elas não me deixaram desistir”.

Entre esses amigos que a ajudaram a tomar uma decisão estão: Eliane; Maria Dorotheia, que foi sua catequista; Lacy Mara, amiga de infância; Tuca; Aninha; Graça; Ester; Elizete; Nani; Tião; os seminaristas Bruce e Victor; Adriana Fracalossi, Claudia, Bel e todos do Segmento Litúrgico. Maura relata que ficou orando uns 40 dias e durante todo esse tempo padre Renato mandava mensagem dizendo que já tinha conversado com Dom Dominique e estava tudo certo para ela ir.

Sobre seu atual pároco, Maura conta que desde o início ele a apoiou, abençoou, mas queria que ela ficasse. Padre Antônio disse para ela que quem vai viajar precisa ter um fundo de reserva e ela não tinha. “Mas lá eles vão me ajudar com tudo, já tem uma casa para eu ficar. São muitas paróquias, é uma Diocese e tem que ter muita visão e confiar nesse trabalho. O povo de lá foi muito acolhedor com o meu sim, Dom Dominique me mandou mensagem, a secretária de lá também. Em uma manhã eu fui para o Santíssimo e rezei muito dizendo: ‘Senhor está sendo muito difícil largar tudo e te seguir’. Está em suas mãos e me despreocupei. ”

A decisão aconteceu em 18 de janeiro, a passagem foi comprada e ela parte na madrugada desta quarta-feira (10), às 5h. As propostas apresentadas pela Diocese de Araguaia para o trabalho de Maura são: Organizar em nível diocesano a pastoral dos coroinhas; formar lideranças para acompanhar e dinamizar as atividades da pastoral dos Coroinhas; Assessorar a Missão Diocesana nos projetos sociais da Diocese; Atuar na identificação e proposta de estratégias e intervenções para casos complexos de crianças e adolescentes em situação de risco social e vítimas de abuso moral e/ou sexual e adequar as atividades pastorais voltadas à faixa etária infantil às atuais exigências da Igreja para a prevenção e proteção de menores.

O período de colaboração voluntária será de fevereiro até dezembro deste ano e o contrato pode ser renovado por mais um ano. Além de Maura, a Arquidiocese de Vitória conta com outros missionários no Pará. Recentemente foram enviados padre Ermindo Raposo e os diáconos transitórios Eder e Paulo e já estão lá os padres Renato Paganini, Alessandro Chagas e João Marcelo.

Essa parceria entre as duas Dioceses foi destacada por Dom Dominique que afirmou para Maura que tem um carinho muito grande por Dom Dario, Arcebispo de Vitória, pois desde o dia que assumiu esta Igreja particular enviou missionários maravilhosos ao Pará.

“Não fui eu que disse sim. Deus que deu a resposta por mim! Estou indo com o coração aberto e com a mala repleta de coisas pessoais, mas ao mesmo tempo de coração vazio e cheio de amor para dar, mas também cheia de expectativa para receber, pois tenho certeza que não vou voltar de lá a mesma”, conclui Maura.

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