“Senhor, que, neste admirável sacramento, nos deixastes o memorial de vossa paixão, concedei-nos a graça de venerar de tal modo os sagrados mistérios de vosso corpo e sengue, que possamos experimentar sempre em nós o fruto de vossa redenção”.
Custódia ou Ostensório é o objeto sagrado destinado a expor aos fiéis a Santa Hóstia, nos momentos de Adoração, Benção Solene do Santíssimo Sacramento ou ainda em Procissões Solenes de Corpus Christi, ritos realizados sempre segundo as prescrições dos livros litúrgicos. A Hóstia, em tamanho maior, é vista através do vidro redondo no centro da Custódia presa em peça chamada “luneta”. Ambos os nomes, Custódia ou Ostensório, derivam do latim (mostrare e ostendere) e significam “para mostrar”.
Trata-se de peça de ourivesaria, composta em geral por um corpo principal, ricamente adorada, na maioria das vezes feita de prata ou de ouro, com centro transparente, de cristal, onde a Hóstia fica exposta. Algumas custódias são verdadeiras obras de arte. Suas formas são variadas, mas uma das mais comuns hoje é a que nos lembra o sol com seus raios.
A história nos recorda que a guardada Reserva Eucarística, como Viático, vem dos primórdios da Igreja nascente e, pouco mais tarde, surge o culto de Adoração. Assim, a introdução deste objeto sagrado se deu de forma gradual na Igreja, mas, sobretudo após o Concílio de Trento, no século XVI. As primeiras notícias relativas ao uso de Ostensórios estão entre os séculos XIII e XIV, sendo um dos primeiros exemplos construídos, datado de 1324, em Reims, na França.
Muitos Ostensórios podem ser vistos em igrejas históricas e museus, sendo históricas e museus, sendo ainda utilizados em momentos solenes. Em nossas igrejas, sejam adornados ou mais simples, educam nosso olhar, para voltarmos toda a atenção para Cristo Eucarístico, em atitude de reconhecimento da nossa pequenez e Sua grandeza, adorando-O como Senhor e Deus.