“Tomai e bebei todos(…), tomai e comei todos (…). Fazei isso em memória de mim” (Lc 22, 19)
No Brasil, em vista da colonização a partir de 1500, é forte a marca do período barroco. As construções religiosas seguindo modelos europeus foram adaptadas à realidade local, dando origem ao estilo coloquial brasileiro que perdura no nosso imaginário religioso.
Entre as duas guerras mundiais, sobretudo a partir do Movimento Litúrgico, a Igreja busca resgatar o significado e dignidade próprios do altar. Surgem propostas para uma nova organização do espaço celebrativo litúrgico e seus componentes constitutivos. Gatti recorda que o altar não pode ser apenas objeto útil à celebração, mas sinal desta. E Brouard, que “os fieis se reúnem em torno de um espaço que é vazio, para lembrar o mistério da Presença divina, cujo lugar central por excelência é o altar. Este deve, pois, ser modesto e colocado com justeza para mostrar o respeito à alteridade de Deus e à comunhão fraterna dos fiéis preparados para a celebração eucarística”.
O Concílio Vaticano II retorna a centralidade da Eucaristia na vida da Igreja. O altar é o centro da celebração e, ao mesmo tempo, memorial, presença e anúncio. A Igreja nos orienta que este seja fixo, significando de modo mais claro e permanente o próprio Jesus Cristo, Pedra viva. Seja de material digno e sólido, como a pedra natural ou a madeira. Os castiçais sejam colocados sobre ele ou nas suas laterais. A ornamentação com flores seja moderada, não sobre, mas junto a ele. Sobre a mesa do altar pode ser colocado somente o que se requer para a celebração da Missa. Só a Deus ele é dedicado, pois só a Deus é oferecido o Sacrifício Eucarístico, por isso deve ocupar lugar que seja o centro convergente de todas as atenções.
“Olhai, pois, Senhor, para este altar que preparamos para celebrar vossos mistérios; que ele seja o centro de nosso louvor e ação de graças (…) e, aproximando-nos de Cristo, a pedra viva, (…) em louvor de vossa glória”.