Filho do meio de Elizabeth e José Alberto, o diácono Alexandre Ferreira de Souza, de 39 anos, é um dos futuros padres da Arquidiocese de Vitória. Faltando pouco mais de uma semana para sua ordenação presbiteral ao lado dos outros cinco diáconos transitórios, ele conta sobre a sua trajetória. Sua relação com a Igreja começou desde cedo, quando a mãe o levava junto de seus irmãos Luciano e Alexandro à missa, na comunidade Nossa Senhora das Graças, em Itacibá, da qual faziam parte.
Alexandre sempre ouvia da mãe que quando completasse 7 anos de idade iria colocá-lo na Catequese e chegando a essa idade ele iniciou seu caminho dentro da Igreja – que vai até os dias de hoje. O diácono revela que foi muito gratificante participar da catequese, ouvir a palavra de Deus e os ensinamentos de sua catequista e ao se aproximar da 1ª Eucaristia, ele achava que toda aquela alegria e tudo de bom das coisas de Deus iria se encerrar neste momento.
“E acabou que fui fazer a 1ª Eucaristia com 15 anos, depois eu fui me envolvendo nos trabalhos da comunidade, na catequese, na liturgia, até que chegaram os meus 22 anos de idade e começou uma grande inquietação dentro de mim, de dar a minha vida toda para a Igreja. E o que é dar a vida toda pela Igreja de um jovem homem? É ser padre”, explica.
Este chamado ficou escondido dentro dele por algum tempo. Ao completar 29 anos, percebeu que não podia mais para adiar sua vocação e procurou o Seminário Nossa Senhora da Penha para fazer os encontros. Não comunicou à família e as pessoas da comunidade sobre sua decisão, continuou trabalhando na empresa que era empregado e fez os encontros em silêncio.
O processo começou no dia 15 de agosto de 2011 e diácono Alexandre lembra com carinho da data, pois era um domingo, solenidade da Assunção de Nossa Senhora e ele iniciava seu caminho no Seminário para ser um sacerdote. Ao final deste ano ele foi aprovado. Conversou com seus pais comunicando que sairia de casa e do trabalho para seguir sua formação como padre diocesano. Ele detalha que a família já sabia de sua vocação, porém foi uma surpresa para todos este momento.
Em 1º de março de 2012, entrou para o propedêutico e foram 8 anos de preparação. Alexandre acredita que como começou sua formação religiosa um pouco mais maduro, já sabia o que desejava e se entregou por inteiro aos planos de Deus, se dedicando a cada dia e com muita tranquilidade.
“O que posso te dizer que foi mais gratificante é que a graça de Deus nunca me faltou e que Deus me deu muita sabedoria para viver todo esse discernimento dentro do Seminário. Eu sou muito grato a Igreja por todo o conhecimento e por tudo que ela me forneceu durante esses oito anos.”
Sobre a expectativa para a ordenação, o diácono revela que ao entrar no Seminário aguardou oito anos para este grande dia da consagração definitiva ao projeto que Deus lhe preparou. Alexandre também expõe a felicidade em seu coração ao lado da preocupação com a grande responsabilidade de ir ao encontro dos irmãos, com suas diferenças, dificuldades, problemas e suas alegrias.
Em suas orações, nestes dias que antecedem a ordenação presbiteral, ele destaca que seu principal pedido é para que Deus lhe proporcione sabedoria e inteligência e ele seja para a Igreja um sacerdote segundo o coração de Jesus, pois é isso que o povo santo de Deus merece.