Chegamos a última etapa do processo formativo: a etapa da configuração. Nesta parte da formação inicial se intensificam as exigências sobre os seminaristas e fica mais explícito a necessidade de sua iniciativa. Após confrontar-se com a realidade à sua volta e consigo mesmo na etapa filosófica, espera-se o desejo e o compromisso de conformar-se com a imagem de Cristo. É chegado o tempo de demonstrar, por meio do testemunho de vida, a disposição de entregar a própria vida por amor a Cristo e pela santificação do próximo.
Diz um antigo adágio: “o sacerdote é um outro Cristo”. Nesse sentido, a etapa configurativa é, precisamente, o período de configuração a Cristo, Sacerdote e Bom Pastor. O seminarista deve aprofundar sua contemplação do mestre; ele deve “realizar o passo mais ousado” de não se contentar somente em fazer o bem moral e evitar o mal, porém de doar-se inteiramente a Cristo e fazer tudo aquilo que ele desejar. Desse modo, “se consolidará a fisionomia do Cristo Crucificado e ressuscitado”.
Os estudos teológicos conduzem o candidato a desenvolver uma visão mais arraigado das verdades reveladas e da experiência de fé da Igreja, integrando essas realidades à sua vida. Desenvolve-se um amplo estudo das Sagradas Escrituras no intuito de adquirir uma visão de aprofundada da Bíblia, bem como compreender os aspectos mais eminentes da história da salvação. Isso assegurará fundamentos sólidos da vida espiritual e da pregação pastoral.
Além disso, deve-se ter a vista que o seminarista está inserido em uma Igreja particular, logo, são chamados a viver a espiritualidade do presbítero diocesano, caracterizado pela dedicação à diocese que habita e pelo efetivo pastoreio do povo de Deus dessa Igreja em particular.
Enfim, passando-se essa última fase, que dura quatro anos e, completando os oito anos de processo formativo (do propedêutico ao último ano de teologia), estaremos a alguns passos da Ordem. Estamos muito próximos do ponto culminante em que se forma um Padre.