O mês de outubro, que a Igreja Católica dedica às missões encerra-se no próximo domingo (31 de outubro). A comissão Missionária da Arquidiocese convida para missa de encerramento das atividades às 8h na Catedral de Vitória. A missa será presidida por dom Dario Campos, arcebispo.
Os cuidados que ainda precisamos ter com relação à pandemia da covid-19, ainda não permitiram as atividades de forma plena, mas dentro das possibilidades e atentos aos cuidados e protocolos sanitários, paróquias e comunidades celebraram o mês das missões.
Segundo o pe. Roberto Natal, coordenador da Comissão Missionária “houve empenho e compromisso em várias paróquias para que o mês fosse celebrado, as pessoas participassem de formações e momentos de oração com a novena missionária e a reza do terço”.
Ser Igreja missionária e em saída tem sido um pedido constante do Papa Francisco. Igreja que vai ao encontro das pessoas, nos lugares onde elas se encontram, nas situações que mais precisam de uma mão amiga. Igreja que se abre para o mundo, novas realidades e novos desafios.
Na paróquia São José em Maruípe uma iniciativa marcou o mês de outubro: após celebrarem a novena missionária (com arrecadação de alimentos), e participarem de formações, a igreja da matriz organizou um “feijão tropeiro missionário”. O resultado da iniciativa foi revertido em favor da comunidade mais pobre da paróquia, a Comunidade São João Evangelista em Alto Tabuazeiro. No Dia Mundial das Missões os símbolos missionários estiveram presentes na missa, chamando a atenção das comunidades para o sentido missionário e inspirada em São Francisco, a paróquia também fez a bênção dos animais, chamando a atenção para a missão de integração de todos os seres. Pe. Robinson Cunha, pároco ao relembrar todas as atividades, lembrou do papel missionário da Pascom, pastoral da comunicação que manteve as mídias sociais da paróquia sempre sintonizadas com a programação: anunciando as iniciativas e mostrando como se deu a participação.
A paróquia Sagrados Corações de Jesus e de Maria, na Serra, também se reuniu para a reza do terço, novena missionária e durante três sábados realizaram visitas às famílias nos bairros colina de Laranjeiras, Taquara e Barcelona.
Para entender como foram feitas as visitas às famílias, conversamos com Edilson Bulhões, coordenador paroquial da Comissão Missionária na paróquia Sagrados Corações de Jesus e de Maria em Barcelona na Serra.
Como foram organizadas as visitas?
Para melhor organização foi criada uma comissão com alguns membros da Paróquia, e solicitamos aos coordenadores de Comunidades que indicassem, juntamente com seu conselho, famílias para serem visitadas. A princípio, famílias afastadas da Igreja devido à pandemia do Covid 19, e outros motivos particulares; famílias com pessoas com enfermidades; famílias de idosos. Os coordenadores fizeram o pré-agendamento com as famílias cadastradas.
Após ter recebido, dos coordenadores de comunidade, a relação das famílias com as informações necessárias para as missões, organizamos as visitas por setor, porque a Paróquia tem sete Comunidades em três bairros diferentes.
A Comissão preparou um itinerário orientativo para os missionários menos experientes, mas sem tolher a liberdade para que a escuta e o encontro com as famílias, acontecesse também fora do roteiro, a partir do encontro de emoções entre missionários e famílias visitadas. Duas situações marcaram as visitas, conta Edilson, respondendo à nossa pergunta:
Algum caso que tenha surpreendido?
O primeiro caso, aconteceu ao visitar uma família, em que mãe e filha se encontravam em um estado, aparentemente, de depressão. Durante a visita, houve um momento em que pedimos que as pessoas da residência pudessem expressar suas intenções, seus pedidos, refletir sobre a passagem da Bíblia. Logo após percebemos a mudança nas fisionomias de mãe e filha. Os rostos passaram a transmitir alegria. As duas se sentiram felizes pela visita e por serem lembradas pela Igreja.
O segundo caso, foi de uma família em que a esposa é católica e o esposo é Maranata. Para esta visita nos preparamos com cautela, pois o propósito das missões é o anúncio do Evangelho e não queríamos acentuar as diferenças das crenças. Ao chegarmos à casa fomos muito bem acolhidos por todos os membros da família. O esposo participou da leitura bíblica, contribuiu com a reflexão do Evangelho, e elogiou a Igreja Católica pela preocupação de cuidar das famílias.
O mês das missões se encerra, mas a missão da Igreja continua. Que sejamos Igreja em Saída e continuemos sendo missionários e anunciadores do Reino de Deus.