“Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” (Lc 24,32).
Neste final de semana foi realizado um encontro de formação para Coordenadores da Infância Missionária. Na Arquidiocese de Vitória algumas paróquias realizam esse trabalho de evangelização com as crianças, entre elas as paróquias Maria, Mãe da Divina Misericórdia em Cariacica/Viana, São Francisco de Assis em Jardim da Penha, Vitória e Sagrados Corações de Jesus e Maria em Serra/Fundão.
Com o intuito de expandir a evangelização missionária dos pequenos, estiveram presentes na formação representantes das paróquias: Nossa Senhora da Vitória (Catedral), São José, em Maruípe, Madre Teresa de Calcutá, em Itararé, Santo André Apostolo, na Serra, Nossa Senhora das Graças, em Coqueiral de Itaparica, São Camilo de Lellis em Vitória e Maria Mãe da Igreja, em Cariacica.
Contagiados pela missão de anunciar às crianças e aos adolescentes o evangelho de Jesus, os participantes elegeram sete (7) representantes, sendo três (3 ) adultos e quatro (4) adolescentes, para participar da Assembleia do Regional Leste 3, em Ibiraçu, nos dias 10 e 12 de março, que terá como tema: A missão se faz em comunhão. E o lema: Corações ardentes, pés a caminho.
A Infância Missionária é a “Escola de Jesus” que ensina as crianças a viver como Jesus viveu, a praticar o amor para com Deus e com os irmãos, e a serem missionários em seu ambiente e com o coração aberto a toda humanidade.
Este ano a Infância e Adolescência Missionária (IAM), comemora 180 anos de fundação, o que leva a recordar o percurso das primeiras conversas de Dom Carlos Forbin Janson e Paulina Jaricot até a vivência atual de nossos grupos.
HISTÓRIA
A Pontifícia Obra da Infância Missionária já possui uma boa caminhada. Foi fundada em 1843, por Dom Carlos Forbin Janson, Bispo de Nancy, França.
A motivação principal para a sua fundação foram as cartas e notícias que missionários, principalmente da China, escreviam ao bispo Dom Carlos, contando a realidade triste e dura das crianças dos países de missão: doenças, mortalidade, analfabetismo, abandono … Diante destes problemas, Dom Carlos Forbin Janson teve a ideia original de empenhar as próprias crianças da França na solução dos problemas dos colegas da China. Foi assim que, ajudado pela jovem Paulina Jericot, fundou a Obra da “Santa Infância”, chamada, mais tarde, de Infância Missionária. Esta Obra devia suscitar o espírito missionário universal nas crianças e adolescentes, desenvolvendo seu protagonismo na solidariedade.
O lema do fundador expressa claramente o espírito que caracteriza a Infância Missionária: “Ajudar as crianças por meio das crianças, ou crianças evangelizando e ajudando crianças”.
Trata-se realmente de um serviço em favor da animação e formação missionária das crianças, para que, desde cedo, cooperem na evangelização universal, sobretudo das crianças, repartindo os bens materiais.
A Obra Pontifícia da Infância Missionária conseguiu um grande desenvolvimento e expansão. Hoje está presente em 110 países dos cinco continentes, e sua ação beneficia milhões de crianças.
No Brasil, a Infância Missionária chegou em 1858. Após um bom acolhimento, houve um período difícil, voltando a se reorganizar em 1955. O Encontro Latino-Americano da IM, realizado em Cali (Colômbia), em 1993, foi fundamental para reanimar a POIM (Pontifícia Obra da Infância Missionária) no Brasil. Atualmente a IM se encontra organizada na maioria das dioceses do país.