Suspensa nos últimos dois anos por conta da pandemia da covid-19, a Missão Jovem na Amazonia, na versão 2022, já está acontecendo. Leia a matéria publicada no site da CNBB, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil:
O bispo de Valença (RJ), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Nelson Francelino Ferreira, acolheu a juventude do Brasil na prelazia do Alto Xingu-Tucumã, no Pará, onde dezenas de jovens de todo o país participam até 25 de julho da Missão Jovem na Amazônia 2022.
O projeto é promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB com apoio da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) e teve início na última sexta-feira (15). Iniciada em 2014, como fruto da Jornada Mundial da Juventude de 2013, a ação está em sua quinta edição. A última edição da Missão Jovem foi realizada em 2019 na região do Bico do Papagaio, na diocese de Tocantinópolis (TO).
“A Juventude não pode ser marcada por uma passividade, mas sim, pelo esforço tenaz a fim de alcançar as metas importantes, não fechando os olhos para as dificuldades, mas rejeitando toda e qualquer forma de mediocridade. A evangelização juvenil é um compromisso de solidariedade com todos, sobretudo com os mais frágeis”, destaca dom Nelson em carta aos jovens.
Leia a íntegra da carta:
Que alegria ver, após a interrupção das programações missionárias nesses dois anos de Pandemia, os nossos jovens mobilizados a construir, em atenção aos apelos do Santo Padre, o Papa Francisco, a Igreja juvenil em saída, inspirados na atitude do Bom Samaritano, ou seja numa atitude de compaixão e misericórdia, sem moralismos exacerbados…
Os jovens estão chegando, literalmente, “do Sul e do Norte, do leste oeste e de todo lugar”, trazendo consigo a pluralidade do nosso Brasil, com a clara constatação de que a libertação que suas vozes e atitudes proclamam não pode ser limitada à simples e restrita dimensão econômica, política, social e cultural; mas deve ter em vista, o homem todo, com todas as suas dimensões, incluindo o seu projeto de vida e a sua abertura para o absoluto. Isso exige de cada jovem evangelizador uma atenção prioritária ao seu testemunho, antes de expor seu discurso. O Papa Paulo VI, na Exortação “Evangeli Nunciandi“, dizia: “O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres”.
O missionário jovem sendo portador de tantas fragilidades, sabe também, que nunca será possível haver evangelização fecunda sem a ação do Espírito Santo. Realmente, não foi senão depois da vinda do Espírito Santo, no dia do Pentecostes, que os apóstolos partiram para todas as partes do mundo a fim de começarem a grande obra da evangelização da Igreja; As técnicas da evangelização são boas, bem como, as retóricas… Porém, nunca conseguiriam substituir a experiência mística-orante. A ação discreta do Espírito Santo, que se apresenta como co-protagonista da ação missionária, gerando e alimentando todo esse dinamismo.
Caríssimos jovens: A Juventude não pode ser marcada por uma passividade, mas sim, pelo esforço tenaz a fim de alcançar as metas importantes, não fechando os olhos para as dificuldades, mas rejeitando toda e qualquer forma de mediocridade. A evangelização juvenil é um compromisso de solidariedade com todos, sobretudo com os mais frágeis. “A Igreja conta com vocês, que são generosos e capazes de melhores impulsos e de sacrifícios mais nobres” (Papa Francisco).
Que, sob a intercessão da Virgem de Nazaré, Deus abençoe mais essa missão, na edição 2022 na prelazia de Xingu-Tucumã (PA)
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