O que comemoramos no Dia de Todos os Santos

1 novembro, 2020

Quem são os santos?

Normalmente chamamos de santos aqueles que foram reconhecidos pela Igreja como tal, cujas vidas foram consideradas como entrega total ao projeto de Deus e que, por alguma razão, tiveram testemunhos que os comprovaram. Contudo, muitos outros levaram uma vida de santidade, embora também por alguma razão, não ficaram conhecidos e nem foram reconhecidos. É a todos esses, os reconhecidos e os não reconhecidos, que a Igreja Católica dedica o dia 1º de novembro.

Todos somos chamados à santidade ou “todos somos santificados”, como diz o pe. Marcel Domergue, sacerdote jesuíta ou ainda como diz São Paulo na carta aos Romanos “somos justificados pela fé”. Então a santidade é um esforço e uma graça da fé. “A santidade não é um status a alcançar, ou um prêmio reservado só para alguns privilegiados, para uma elite de pessoas. Pelo contrário, a santidade é um caminho, um processo que se inicia no dia de nosso batismo […] e, nessa identidade, vamos crescendo na medida em que seguimos a Jesus e fazemos nossa a sua opção pelo cuidado da vida em todas as suas dimensões e diversidades, especialmente o cuidado pela vida ferida, isto é a santidade”, afirma a Ir. Maria Cristina Giani.

O que celebramos?

Com estes pensamos é possível viver o Dia de Todos os Santos com uma grande amplitude e rezar pelos santos conhecidos e pelos desconhecidos. Dom Dario Campos, arcebispo de Vitória, disse em seu programa semanal nas redes sociais: “Com a Festa de hoje cada cristão tem a alegria de celebrar, comemorar os santos canonizados através dos tempos e os milhares de homens e mulheres anônimos que atingiram uma grande santidade de vida mesmo sem receber a honra dos altares. Pela vida que levaram aqui na terra e o exemplo que deram, de modo especial a atenção para com os mais necessitados”.

Mas, o que faz com que uma pessoa viva em santidade que traz dentro de si desde o batismo? Dom Dario afirmou que é “o esforço diário para viver fielmente as exigências do Evangelho”. Portanto, a santidade é uma graça da fé que precisa ser exercitada.

Origem das comemorações

Os primeiros registros remetem ao Séc. II, mas a primeira vez que se celebrou o Dia de Todos os Santos foi no Séc. VII, mais precisamente em 609 d.C. por ordem do Papa Bonifácio VII para recordar todos os cristãos que tinham sido mortos pelos romanos nos primeiros anos da Igreja Católica. Quem fixou a data em 1º de novembro foi o Papa Gregório III, apoiando-se numa festa já existente. Como explica o Prof. Paulo Mendes Pinto, coordenador do curso de Ciências da Religião da Universidade Lusófona em Portugal: “O 1º de novembro era, em algumas culturas, a marca da entrada do inverno, a época em que a natureza morre. Por toda a simbologia que associa a morte à fertilidade que nessa altura inexiste nos campos, seria naturalmente neste período do ano que se centraria a simbologia associada à morte, seja o Dia de Todos os Santos seja, no dia seguinte, o Dia de Finados”. 

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