ORDENAÇÃO PE. WELTON RAMOS

31 agosto, 2024

A Paróquia do Divino Espírito Santo e a Congregação dos Missionários do Verbo Divino, em Santa Leopoldina, celebraram com muita alegria a Ordenação Presbiteral do, agora padre, Welton Ramos Sabino, SVD, após quatro décadas sem nenhuma ordenação.

Filho desta terra e da Arquidiocese de Vitória, nascido em Rio do Meio, Comunidade Nossa Senhora das Graças, Padre Welton cresceu, assistido na fé, pelos padres da Congregação do Verbo Divino, que junto com a comunidade, influenciaram na sua decisão vocacional.

A cerimônia, que foi presidida pelo Arcebispo de Vitoria, Dom Dario Campos, a pedido do próprio padre Welton, correu naturalmente com a participação de quase duas mil pessoas, seminaristas de vários estados do país, religiosos e religiosas da Europa e da Ásia, além de padres da Arquidioce.

Durante sua homilia, Dom Dario destacou a importância do sacerdote buscar sempre a palavra do Senhor, principalmente diante dos desafios e quando estiver cansado e não deve se deixar abater pelas dificuldades. Falou ainda sobre ser fiel ao chamado do Senhor e estar sempre disponível.

A cerimônia seguiu com a imposição das mãos e a oração de ordenação, que selou a nova missão de Welton como presbítero a serviço da Igreja e do povo de Deus.

O Vicariato para a Comunicação, conversou com o diácono Welton dias antes da ordenação. Acompanhe a entrevista e conheça um pouco mais sobre o novo sacerdote.

Na entrevista concedida ao site da Arquidiocese, o diácono respondeu convicto à primeira pergunta:

Vicariato – A sua vocação já nasceu verbita?

Diac. Welton – Sim, por ser de uma paróquia onde via o tempo todo os padres missionários sempre alegres no meio do povo, me motivou e me cativou. Quando eu tinha 16/17 anos eu comecei a pensar que queria ser como eles: feliz no meio das pessoas. Fiquei motivado para conhecer mais os missionários do Verbo Divino, a história da Congregação e ali comecei minha trajetória vocacional.

A trajetória não foi linear e nem só de alegrias: As três etapas iniciais foram cumpridas: aspirantado, postulantado e curso de Filosofia. Mas, a experiência não foi suficiente para amadurecer a vocação e Welton retornou ao Espírito Santo, para um tempo de experiência no mundo do trabalho, nas relações sociais e na vida afetiva. Ao todo cinco anos.

Dúvidas fazem parte do processo de discernimento vocacional, mas para Welton “a alegria de ver os missionários verbitas na paróquia de origem e por onde passou e conviveu, a missão dos verbitas brasileiros que iam para o exterior como missionários além-fronteiras” não sumiu e o interesse pela congregação do Verbo Divino reacendeu e ele voltou para a formação.

No retorno mais um ano de postulantado, noviciado e tornou-se um verbita ao professar os votos de pobreza, castidade e obediência.

Welton explica que “os verbitas após a profissão religiosa interrompem os estudos acadêmicos para uma experiência além-fronteiras, um programa de formação transcultural:

Nesse período, em 2020 fui para a Itália. Veio a pandemia que não permitiu a minha inserção na pastoral, mas na medida em foi sendo liberado o contato social me inseri na Cáritas e fui atuar na realidade italiana, primeiro no norte do país e depois em Roma. Deveria ter voltado ao Brasil, mas a comunidade verbita da província italiana me convidou a terminar a formação em Roma, os superiores aprovaram e eu terminei a teologia, fiz os votos perpétuos, me preparei para o diaconato e agora serei ordenado presbítero”.

Vicariato – Com essa vocação missionária, qual seu destino? Fica em Sta. Leopoldina?

Diac. Welton – Infelizmente não. Eu até gostaria, mas os meus superiores me designaram para continuar o trabalho missionário na Itália. Então, após a ordenação, fico no Brasil por um mês e retorno à Itália para assumir atividades missionárias. Pode ser paróquia ou alguma pastoral específica, como a Cáritas. A Congregação, na Itália, tem trabalhos com os imigrantes, ajudamos nos corredores humanitários, então a Itália será meu campo de missão.

Dom Dario Campos será o ordenante na Celebração da ordenação presbiteral de Welton. O Vicariato perguntou:

Vicariato – A ordenação em Sta. Leopoldina foi uma opção sua ou uma conveniência da Congregação?

Diac. Welton – As duas coisas. Uma opção minha de poder voltar e celebrar este momento com meu povo, com meus familiares e na minha paróquia de origem. Mas é também uma conveniência para todos. Seria mais fácil ser ordenado na Itália, temos um confrade que é bispo na província da Itália, mas celebrar aqui e poder fazer da minha ordenação um momento de atividade missionária na paróquia foi o que pensamos como Congregação.

A nossa conversa estava chegando ao fim, mas aquele desejo de ser um padre feliz, como eram felizes os padres verbitas com quem Welton conviveu na adolescência voltou.

Vicariato – Por que dom Dario para te ordenar?

Diac. Welton – Eu escolhi dom Dario, porque eu estudei filosofia em Juiz de Fora e nesse tempo dom Dario era bispo em Leopoldina. Quando ele ia a Juiz de Fora para nos dar palestras, era sempre desse jeito: alegre, motivador, muito humano. Mais tarde voltei a encontrar com ele, quando já era arcebispo de Vitória, e ele continuava daquele jeito: alegre, motivador, contando piadas… rsrs. Para mim ficou claro que eu gostaria muito que fosse ele. Fiquei muito feliz que ele aceitou o convite, ele é franciscano, pastor de nossa arquidiocese, vai ser muito bom para todos. Estou muito feliz.

Vicariato – Durante a nossa conversa me chamou a atenção, você dizer que observando a alegria dos padres com o povo na sua paróquia você sentiu que queria ser como eles. Agora você disse que a alegria de dom Dario te fez desejar que ele fosse o ordenante, em sua ordenação. Posso concluir que você será o pe. Welton alegre, feliz?

Diac. Welton – Com certeza. Todo o meu caminho vocacional sempre foi com o povo. Nós temos casas de formação, temos estrutura, porém, eu tenho convicção que os nossos formadores são as pessoas. Se nos entregarmos ao povo, estando no meio nas alegrias e nas tristezas, estaremos sempre felizes. Felizes em poder ajudar, felizes em poder participar. Felizes, também, por poder chorar junto às vezes. Por segurar e entender as dores do povo. Certamente, chegando na Itália como brasileiro, latino-americano, já me inculturando, numa realidade muito diferente e complexo, tenho toda a certeza de que serei feliz, já sou feliz entre eles.

Vicariato – Sua vivência em Sta. Leopoldina encontra reflexos no carisma da sua congregação?

Diac. Welton – Na congregação temos uma diversidade multicultural e multi-étnica que nos facilita a promover o diálogo inter-religioso, em alguns lugares no mundo. Procuramos construindo pontes, estabelecendo relações, a partir do diálogo, sempre visando o melhor para todos, o melhor para a sociedade, principalmente para os imigrantes. No caso de Sta. Leopoldina, a comunidade junta pelo bem do município. Católicos e Luteranos, fazem muitas coisas juntos para o bem do povo e do município. Esse é um dos pilares que me sustenta na vocação missionária. O mundo é de todos, é a casa comum. Todos somos filhos de Deus e todos nós fazemos parte da mesma família de batizados.

Vicariato – Qual a sua expectativa com o rito da ordenação, qual momento deixa você mais ansioso?

Diac. Welton – Eu estou tranquilo. Fiz o retiro espiritual e estou meditando cada passo do rito da ordenação. Acredito que a oração consecratória. É uma oração forte, profunda, quando se invoca o Espírito Santo. Todo o rito é profundo, mas acho que essa oração será um momento muito forte.

Vicariato – Como é a sua ligação com a Arquidiocese de Vitória?

Diac. Welton – Não tenho contato específico, mas nós verbitas temos uma tradição na Arquidiocese, atuando nas paróquias Sta. Leopoldina, Sta. Isabel, Marechal Floriano e Pedra Azul. Além disso, dom Silvestre, um grande pai, grande missionário era verbita e foi arcebispo aqui. Então tem uma ligação, mas é mais em acompanhar notícias e oração.

Vicariato – Como está sua família?

Diac. Welton – Grande expectativa, ansiosos, organizando tudo. É uma festa compartilhada e precisa estar organizada. Meu pai está organizando as doações para a cozinha. Minha mãe está ansiosa e não vê a hora de chegar a ordenação. Ela é a grande intercessora da minha vida.

 

 

 

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