A Igreja está celebrando as vocações neste mês de agosto e quando se fala no tema muita gente ainda pensa que o assunto está ligado somente aos padres e religiosos e religiosas. Mas é importante ressaltar que todas as pessoas no mundo possuem alguma vocação e a primeira delas é a vocação à vida conforme explica padre Jorge Campos, Vigário Geral da Arquidiocese de Vitória e Reitor do Seminário Nossa Senhora da Penha.
“A palavra vocação significa chamado e esse chamado é a que? Primeiramente à vida. Nossa primeira vocação é à vida. Isso é muito importante, pois antes de ser chamado para uma missão específica a gente é chamado em primeiro lugar a viver bem, realizar-se na vida, encontrar um sentido. Então respondendo esse chamado à vida, é importante se questionar com o que eu vou gastar a minha vida? Qual é minha missão neste mundo? ”.
Geralmente é na adolescência que começa a surgir essa inquietação e costumam ser feitos esses questionamentos. A partir de então a pessoa vai perceber se sente o chamado para a vocação matrimonial, vocação sacerdotal, vocação religiosa ou vocação leiga. Para a vida matrimonial a pessoa pensa se quer conhecer alguém, amadurecer no relacionamento e analisar se quer ter um projeto de vida a dois.
“Se for uma vocação matrimonial, o homem ou mulher vai amadurecer este pensamento e constituir uma família ou então vai perceber que quer se dedicar a vida religiosa, entrar para as congregações religiosas, ter uma vida missionária ou então uma vocação diocesana, no caso do Ministério Sacerdotal. A pessoa sente que não tem vocação para o matrimônio e quer se dedicar a um projeto maior, na vida religiosa”.
O Vigário Geral também ressalta que existe uma questão vocacional para aptidão da pessoa se desenvolver em uma profissão, por exemplo. O indivíduo percebe se leva jeito para ser um bom médico, professor, advogado, carpinteiro, comerciante, pois vocações são chamados específicos a serem seguidos. E sobre os leigos que estão nas Igrejas e no mundo, eles também são vocacionados.
“A vocação leiga é muito importante, é essencial. A pessoa sente que não é chamada a dedicar integralmente sua vida à Igreja, mas quer se dedicar como leigo, exercendo a sua missão neste mundo. Evangelizando como um leigo e pode ser como leigo consagrado tanto no mundo secular, quanto nas ordens terceiras dos franciscanos por exemplo”, conclui padre Jorge.
E como identificar qual é o seu chamado? É prestando atenção na própria vida. Qual é sua inclinação, o que gosta de fazer? Para cumprir um chamado vocacional a pessoa tem que ter o desejo de trabalhar, estudar e principalmente tem que ser entusiasmada pela vida, pois não vai conseguir se realizar dentro da sua vocação sendo alguém frustrado.