Teve conselho, teve descontração, teve carinho, teve emoção e choro, teve cotovelada no lugar do abraço, e teve, principalmente alegria, oração e fé na ordenação presbiteral dos neo-sacerdotes Alexandre Ferreira de Souza, Rafael Martins do Nascimento, Ricardo Petroni Smiderle Passamani, Rodrigo Chagas, Tárcio Rosa Siqueira e Zaelton da Costa Nascimento. A ordenação aconteceu na manhã de hoje, 25 de julho de 22 na Catedral de Vitória.
Os Diáconos foram apresentados, acolhidos, ungidos e abençoados pelo Arcebispo e padres presentes à ordenação.
A participação dos fiéis, devido à pandemia do coronavírus, foi acompanhando pelas redes sociais, Rádio América e TVE. Na Catedral a presença dos padres, diáconos, seminaristas e alguns familiares dos novos padres, obedecendo às normas sanitárias de saúde.
O rito de ordenação (conforme descrito abaixo) prevê que o bispo interrogue a quem apresenta os diáconos, sobre a dignidade dos mesmos. Assim fez dom Dario Campos, arcebispo de Vitória quando padre Jorge Campos, reitor do Seminário pediu a ordenação. Mas dom Dario perguntou também aos presentes se desejavam a ordenação. A Catedral encheu-se de aplausos confirmando que a assembleia os achava dignos do ministério. Dom Dario deu então sequência à missa e rito de ordenação.
Alguns momentos foram bastante emocionantes, entre eles o abraço à família e o momento em que mães desataram a toalha cingida pelo Arcebispo após a unção das mãos.
Na homilia dom Dario fez algumas recomendações e pediu que sejam verdadeiros seguidores de Jesus, colaboradores do bispo, sintonizados com o Papa e amigos dos padres. Leia a homilia na íntegra no anexo.
O rito de ordenação é composto de 5 partes:
1. Apresentação dos diáconos e pedido de ordenação. Momento em que o bispo ordenante interroga quem apresenta o candidato sobre a dignidade do mesmo.
2. O diácono é interrogado pelo bispo sobre suas disposições para a missão, sendo a última pergunta sobre a promessa de obediência ao bispo.
3. Prostrado por terra o diácono escuta da assembleia a ladainha a todos os santos. Pedido para que Deus derrame sua graça sobre o ordenando.
4. Imposição das mãos do bispo e dos presbíteros e depois a oração consecratória ou de ordenação:
Assisti-nos, Senhor, Pai Santo, Deus eterno e todo-poderoso, autor da dignidade humana e distribuidor de todas as graças, que dais crescimento e vigor a todas as coisas, e, para formar um povo sacerdotal, estabeleceis, em diversas ordens, os ministros de Jesus Cristo, vosso Filho, pela força do Espírito Santo.
Já no Antigo Testamento, em sinais prefigurativos surgiram vários ofícios por vós instituídos, de modo que, tendo à frente Moisés e Aarão, para guiar e santificar o vosso povo, lhes destes colaboradores de menor ordem e dignidade.
Assim, no deserto, comunicastes a setenta homens prudentes o espírito dado a Moisés que, com o auxílio deles, pode mais facilmente governar o vosso povo.
Do mesmo modo, derramaste copiosamente sobres os filhos de Aarão da plenitude concedida a seu pai, para que o serviço dos sacerdotes segundo a Lei fosse suficiente para os sacrifícios do tabernáculo, que eram sobra dos bons futuros.
Na plenitude dos tempos, Pai santo, enviaste ao mundo o vosso Filho, Jesus, Apóstolo e Pontifíce da nossa fé. Ele, pelo Espírito Santo a vós se oferecei na cruz, como hóstia pura, e fez os seus Apóstolos, santificados na verdade, participantes de sua missão, e lhes destes colaboradores para anunciar e consumar em todo o mundo a obra da salvação.
Concedei também, agora, à nossa fraqueza, este colaborador, de que tanto necessitamos no exercício do sacerdócio apostólico.
Nós vos pedimos, Pai todo-poderoso, constituí este vosso Espírito de santidade, obtenha ele, ó Deus, o segundo grau da Ordem sacerdotal, que de vós procede, e sua vida seja exemplo para todos.
Seja ele cooperador zeloso de nossa Ordem episcopal para que as palavras do Evangelho, caindo nos corações humanos através de sua pregação, possam dar muitos frutos e chegar até os confins da terra, com a graça do Espírito Santo.
Seja ele juntamente conosco fiel dispensador dos vossos mistérios, de modo que o vosso povo renasça pela água da regeneração, ganhe novas forças do vosso altar, os pecadores sejam reconciliados, e os enfermos se reanimem.
Esteja ele sempre unido a nós, Senhor, para implorar a vossa misericórdia em favor do povo a ele confiado e em favor de todo o mundo.
Assim todas as nações, reunidas em Cristo Jesus, se convertam em um só povo, para a consumação do vosso Reino.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
5. O neo-sacerdote é revestido com a estola e a casula
6. O bispo unge as mãos do neo-sacerdote com o óleo da crisma e cinge-as com uma toalha. A toalha é desatada pela mãe ou a pessoa a quem o neo-sacerdote quer dar a primeira bênção e esta a guardará até à sua morte, quando a toalha deverá ser colocada no caixão.
Anexos
- Ordenação presbiteral (48 kB)