Se a Sexta-feira santa é o dia do silêncio, pode-se dizer que os fiéis presentes na cerimônia da adoração da cruz às 15h, entenderam e concretizaram esta prática. Mesmo antes da Celebração da Paixão e Morte de Jesus, todos estavam em silêncio, enquanto uma música instrumental alimentava a interiorização e o respeito.
Diante do altar despedido, dom Dario Campos, arcebispo de Vitória, padre Renato Criste, pároco e pe. Ruan Coutinho, vigário paroquial, entraram em silêncio e prostraram-se por alguns minutos.
Exatamente às 15h, diz a tradição, Jesus morreu na cruz. O significado veio durante a homilia, quando dom Dario disse: “Contemplando a vida de Jesus de Nazaré se descobre o segredo de sua morte”. “mesmo na cruz, Jesus perdoou aos algozes, consolou o ladrão, consolou sua mãe, isso depois de não ter contado “com os amigos que dormiram enquanto Ele tremia, o negaram, traíram e fugiram”.
Por dois momentos o povo reunido na Catedral demonstrou estar vivenciando a cerimônia: durante a oração pela Igreja e quando o manto que cobria a cruz foi desvelado.
A sintonia com o momento da morte de Jesus foi acentuado quando dom Dario afirmou: “É triste ver a mentira vencer a verdade. Quem matou Jesus foi a política sem humanidade, mas a Sexta-feira santa não é o último dia da trajetória de Jesus, é sim, o fim de sua trajetória humana”, disse o Arcebispo e acrescentou trazendo para nossa realidade este acontecimento histórico que nós celebramos na fé: “Seguir Jesus é assumir as cruzes que a adesão ao seu projeto pode nos trazer”.
Anexos
- desvelo da cruz (7 MB)
- entrada1 (24 MB)