Solenidade da Santíssima Trindade

12 junho, 2022

“Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade.” (Jo 16, 13)

Neste dia, em especial, em que celebramos a Solenidade da Santíssima Trindade, a Igreja encontra-se diante do grande mistério de Deus que não precisa ser explicado, uma vez que através dele podemos compreender o tamanho da Majestade e Poder que foi revelado por Nosso Senhor Jesus Cristo antes de voltar para o Pai, este é o inexplicável amor que inunda nossos corações e nos leva ao Único, no mistério da nossa salvação.

Durante a nossa vida, Deus Pai, Filho e Espírito Santo se revela em sua grandeza, mas em especial hoje, Ele nos mostra seu amor Ágape que é ofertado gratuitamente e podemos encontrá-lo de forma amorosa no outro, desde que tenhamos a capacidade de sair de nós para que nossos olhos, corações e atitudes estejam ligados ao coração do Pai, pois Ele está em nós e nós devemos estar nele, do mesmo jeito que amorosamente somos chamados a partilhar desse mistério.

A Liturgia desta Solenidade é um convite, não uma imposição, mas sim um chamado a partilhar, e não precisamos em momento algum de revelações, pois Cristo, nosso Amor Maior, já nos foi revelado e com ele todas as coisas.

Na Primeira Leitura encontramos uma tentativa de explicar o Amor de Deus por nós, não no teórico, mas nas entrelinhas o autor sagrado faz uma relação de amor, aparentemente de um casal, ou de alguém muito apaixonado que apenas por estar presente em todos os momentos desta narração, nos revela como se dá o misterioso amor de Deus por nós, este que é gratuidade, nos levando a acreditar que antes de pensarmos, já existíamos no Coração de Deus e acontece esse abandono nos braços do Pai. Aqui somos convidados a participar desse grande mistério. Ainda mais somos chamados a entrar nessa graça que só por amor pode nos ser concedida, além de termos este olhar de ternura para todos os que sofrem.

São Paulo, ao escrever aos Romanos na Segunda Leitura, também nos exorta, como já mencionado anteriormente, somos justificados pelo amor, Deus em sua infinita misericórdia nos deixa em Paz, pois em Jesus Cristo encontramos a razão da vida. O que era antes justificado pela lei, agora é revelado, pois o véu se rasga e podemos ver claramente o tanto que somos quistos pelo Criador, este que não temos nem palavras para descrever o seu tamanho, Ele apenas é, e como dizia Santo Agostinho: Viste o amor, viste a Trindade. “Bendito seja Deus Pai, bendito seja o Filho unigênito, bendito seja o Espírito Santo! Deus foi misericordioso para conosco! ”

No Evangelho, encontramos uma parte do discurso de despedida que Jesus faz, mas durante esse momento Ele promete que enviará o Espírito Santo Paráclito. Como é lindo ver Jesus em sua grandiosidade e bondade, amou tanto este mundo que em sua ascensão é enviado por livre vontade essa Graça que Santifica a Igreja Primitiva nas pessoas dos Apóstolos, e hoje se estende por todo o mundo o amor de Deus. Esta relação entre os irmãos, nasce e já é fortalecida pelo próprio Jesus. Por isso é necessário que cada um de nós faça uma experiência íntima com Deus e, de fato, uma comunhão fraterna de amor com os irmãos. Quem é mergulhado uma vez no amor único da Santíssima Trindade, aprende que o melhor caminho é seguir os passos de Jesus, pois ali encontramos um olhar de amor, este que não condena, mas abraça o mundo com sua misericórdia.

Ao desenvolvermos uma amizade íntima e constante com Jesus, somos capazes de entender, em nossas vidas, a presença de salvação dada a nós, por Jesus, que nada mais é: encontrar no outro o amor e alicerçar a nossa casa, nosso destino na cruz do amor de Jesus Cristo.

Que esta Solenidade da Santíssima Trindade seja um convite a nos encontrarmos verdadeiramente com Deus, neste mistério onde tudo se resume ao amor. Devemos recordar que os discípulos de Cristo foram formados na escola deste amor maior, e se tornaram para o mundo testemunhas oculares e formadores da misericórdia em Deus. Por isso, deixemos de lado nossas dúvidas deste mistério, que não é mistério, e sejamos assim como Maria foi, atentos, fiéis e que não precisava de nenhuma explicação, pois todas que fossem dadas seriam pequenas para o tamanho do amor que havia em Jesus.

Sejamos conduzidos e conduzamos todos à comunhão com o Senhor!  Que seja despertado em nós, o desejo sincero de anunciar essa verdade aos irmãos, porque assim como nós, eles também são frutos deste amor que se derrama em todos os corações.

 

Mateus Baptista

Seminarista do 1º ano de filosofia

Paróquia de origem: Nossa Senhora de Fátima, Pedra Azul, Domingos Martins – ES;

Paróquia de pastoral: São João Batista, Cariacica Sede – ES.

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