Vitor Noronha foi chamado ao servir

14 junho, 2021

A vontade de servir a Deus e aos irmãos mais necessitados e a experiência de missão nos projetos sociais da Igreja e Pastorais Sociais fizeram o diácono transitório Vitor Noronha despertar a sua vocação sacerdotal. No dia 31 de julho, após anos de estudo e preparação, ele será ordenado padre da Arquidiocese de Vitória, no Santuário Divino Espírito Santo, em Vila Velha, às 9h.

Nascido em 05 de fevereiro de 1988, Vitor conta que sua trajetória sempre foi ligada com a Igreja. Filho de Vitor Cesar e Rita de Cassia e irmão de Gustavo, o diácono transitório afirma que foi criado em uma família bastante católica, desde criança participou da vida da comunidade, se tornou catequista muito cedo e mesmo sem ter terminado a Crisma ele já ajudava na catequese.

Vitor afirma que o descobrimento realmente da vocação sacerdotal foi um pouco mais tardia, pois apesar de ser uma pessoa bastante engajada na Igreja ser padre nunca tinha passado em sua cabeça. O discernimento desse chamado foi um pouco mais velho, com 22 anos. A partir daí ele conta que começou de fato existir uma inquietação e uma vontade de servir a Deus e aos irmãos por meio do ministério ordenado e com 24 anos ele entrou no seminário e começou sua caminhada sacerdotal.

“Mas posso dizer com tranquilidade que o meu lugar fundamental de descobrimento da vocação são as pastorais sociais, que é a dimensão profética da Igreja, enquanto me envolvia nessa dimensão de ir ao encontro do outro, especialmente dos últimos. Acho que ali que a gente experimenta o Cristo crucificado que sempre nos interpela para que sejamos sinais de ressurreição e eu atribuo minha vocação especialmente as pastorais sociais da Igreja e aos movimentos sociais, eu acho que ali que Cristo me chamou”.

O futuro padre nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, e participava da paróquia Nossa Senhora do Líbano, no bairro Grajaú, local que ele considera importante para sua primeira formação de Fé, pois morou lá até os seus 12 anos e a vida naquela região era bastante devocional. Depois morou um curto período de tempo em Brasília e logo após veio para Vila Velha, onde começou a participar da CEB Santo Antônio, que fica no Parque das Castanheiras e na época fazia parte da paróquia Nossa Senhora do Rosário, da Prainha e hoje pertence a Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

O diácono transitório conta que estudou no colégio Marista, em Vila Velha, e para ele foi um lugar muito importante, pois o colégio o proporcionou viver uma espécie de Igreja em Saída, mesmo que o Papa Francisco ainda não tivesse criado esse termo. Ele atuou nos projetos sociais, na casa de acolhida que assistia crianças com vulnerabilidade, trabalhou no Marista de Terra Vermelha com alfabetização e questão ambiental;

Com 18 anos Vitor entrou na UFES e fez o curso de economia, se engajou fortemente com pesquisa da universidade, com o movimento estudantil, em diversas frentes de movimentos sociais e também na Pastoral Universitária da Igreja que se organizava na Ufes. Logo em seguida, por convite do padre Kelder e de Dom Luiz Mancilha Vilela, ele assumiu a Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese e ressalta que através desta função ele teve a oportunidade de se aproximar mais das iniciativas da Igreja da Igreja a nível arquidiocesano, dos processos formativos, pela comissão teve sua primeira experiência de presídio, que para ele foi algo muito importante.

“Depois na vida do seminário eu trabalhei muitos anos com a Pastoral Carcerária e eu destaco esse trabalho pelo mandamento evangélico ‘estive preso e viestes me visitar’, nas palavras do próprio Jesus. Mas pelo ponto de vista da sociedade estas são pessoas esquecidas, subestimadas. Alguns desejam vê-los mortos. Existe aquela frase lastimável anticristã e antievangélica de que ‘bandido bom é bandido morto’ e eu tive essa presença junto a eles sendo o rosto misericordioso de Jesus, no sentido da defesa dos direitos humanos daquelas pessoas, da necessidade que eles fossem cuidados”.

Segundo o diácono transitório uma pessoa que teve grande importância em todo o seu processo vocacional é o padre Kelder Brandão, seu diretor espiritual que desde a primeira dúvida e o primeiro questionamento o apoiou: “eu não sabia exatamente o que realmente eu gostaria, onde eu gostaria de estar. Eu sentia um impulso, uma moção interna que eu sabia que vinha de Deus e que significava um compromisso concreto com os irmãos e de modo especial com os últimos, mas eu não sabia exatamente o que era esse chamado. Com esse processo de discernimento e de contribuição eu consegui fazer esse descobrimento e ele me ajudou muito”.

Em sua caminhada no Seminário Nossa Senhora da Penha, diácono Vitor destaca as paróquias por onde passou enquanto era Seminarista: Paróquia Bom Jesus, em Novo Horizonte, Cariacica (3 anos); Paróquia Bem-Aventurado Pe. Eustáquio, em Concha D’Ostra, Guarapari (2 anos) e Paróquia Bom Pastor, em Campo Grande, Cariacica. Atualmente, junto dos outros 3 diáconos transitórios que serão ordenados no mês de agosto, Vitor Noronha está em Missão na Diocese da Santíssima Conceição do Araguaia, no Estado do Pará. A data de retorno é dia 29 de junho.

Sobre o dia da ordenação presbiteral ele enfatiza que terá um caráter misto e próximo da data será disponibilizado um link para agendamento de pessoas no número de vagas possíveis dentro da Igreja e aqueles que não conseguirem agendar vai ficar o convite para que acompanhem online, pois a pandemia não está controlada e por isso não poderá ser algo público.

“Infelizmente por culpa dos nossos governantes a gente não teve uma vacinação da população numa quantidade razoável para que se pudesse fazer algo participativo, uma festa. O meu sonho seria de lotar aquela Igreja, fazer uma festa no final com comes e bebes para todo mundo, colocar uma banda boa para tocar e seria o ideal, mas tendo em vista que isso não é possível a gente vai colocar um número de pessoas presentes dentro das orientações sanitárias com distanciamento, álcool, màscara e vai ter concomitantemente a isso a transmissão online da celebração”, conclui.

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